quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Filhos... é imprescindível tê-los...

Parece que os filhos estão sempre querendo nos ensinar uma lição, mesmo que insconscientemente! Depois de quase dois anos sem férias pra valer, trabalho em dois jornais diferentes, achei que passar uns dias, quatro para ser mais exata, na praia do Cassino, seria legal para renovarmos energias, eu e minhas duas filhas adolescentes, Júlia, 15 e Érika, 14. Mas parece que elas não queriam o mesmo que eu. Qual foi a minha surpresa, quando na terça-feira, malas prontas em direção ao Cassino, descobri que nossa viagem teria mais uma passageira, uma amiga da minha filha mais velha. Até aí tudo bem, a guria até que é legal. Mas... Ao chegar na casa, arrumada meio que no ligeirão com uma amiga do trabalho, tudo me pareceu perfeito, bem próximo da praia e bem distante do agito da avenida. Perfeito?! Ledo engano. Depois de ouvir muita reclamação, por estarmos longe da avenida etc e tal, descobri que uma "festinha", na sexta-feira, estava sendo programada e na quinta-feira (hoje) começaram a chegar os adolescentes. Não sei ao certo quantos anda estão para chegar amanhã, pois em cada conversa um novo nome surge, mas descobri que estou completamente só. Não vou ficar aqui esperando os adolescentes chegarem e me misturar a eles. Nem pensar. É muito legal querer proporcionar algo diferente aos filhos, mas quem proporciona algo a você? Estou sozinha e não si para onde correr. Meus amigos estão todos trabalhando e o Cassino fica a pelo menos uma hora de viagem de Pelotas. Viagem curta para quem está de férias, mas longa e cansativa para quem está ali todos os dias no batente.
Nestas horas, me pergunto se errei ao evitar reconstruir a minha vida e não ter arranjado um outro companheiro para a minha vida. Não posso querer viver a vida das minhas filhas. Elas têm a sua própria. Tenho que viver a minha vida... Reconquistar os meus amigos, buscar o meu lugar no mundo, pois estou muito deslocada. Não tenho mais o meu lugar. E, qual é o meu lugar mesmo? Tantas renúncias e agora estou sozinha. Não há lugar para mim nos programas delas. Não há espaço para a mãe chata e que fala um monte de asneiras nas suas vida...É mico... e não sei mais o que lá... O conceito de mãe mudou, ah se mudou... Não quero ficar aqui controlando tudo o que elas fazem, não faz o meu gênero... sei que elas são boas garotas... querem se divertir, afinal as férias de verão terminam na próxima semana e as minhas continuam até 9 de março. Vou me programar, quer dizer, não vou programar nada, vou tratar de resgatar um monte de coisas que eu fazia e não faço mais... vou recomeçar a minha vida e sempre haverá espaço para elas, as minhas filhas, na minha vida. Afinal eu sou mãe e mãe tem que participar... Mas na hora da festa, mãe faz outra coisa... Mãe se diverte de outro jeito. Qual jeito, mesmo?! Tenho muito, mas muito mesmo a reaprender...

Nenhum comentário: