Neste final de semana, recebi a visita de umas amigas de infância lá de São Lourenço do Sul e que agora moram em Novo Hamburgo e Gravataí, respectivamente. São pelo menos 30 anos de amizade! Puxa! Como o tempo passa, né? A Paulinha tem um filhinho lindo, e a sua irmã ainda não tem filhos, mas está tentando... A última vez que a Paulinha esteve aqui, as minhas filhas eram bem pequenas. A Érika tinha meses e a Júlia, quase dois. Incrível, mas descobri que tão confusa quanto a minha vida está a gaveta das minhas recordações. Me lembro, que na última visita da Paulinha ela me apresentou um "cara" que ela estava a fim, me contou detalhes de como foi a visita dela naquela época e não é que eu não me lembro de nada. Nadinha!!! Que ruim, né? O mesmo cara esteve na nossa casa desta vez, como da outra e não é que foi como eu nunca tivesse visto aquele homem na minha vida! Ele disse que lembrava de mim, também deu detalhes da visita e eu, nenhuma lembrança. Que incrível! Porque a gente tem mais facilidade para guardar coisas ruins do que boas. Será que é melhor registrar em fotografia e escrever estes momentos para poder lembrar daqui a mais 12 anos.
Eu queria muito abrir a minha gaveta das lembranças e ir abrindo cada compartimento como se fossem arquivos de computador. Que bom se fosse possível, reviver certos momentos para ver se é mesmo como a gente se lembra. O que dissemos, o que fizemos, porque é tão difícil lembrar? Será que é sintoma do tempo? Talvez. Quão cruel é o tempo que não nos deixa esquecer mágoas e dissabores e nos faz apagar coisas boas!? Que receita se tem para gravar apenas o que queremos lembrar e deletar o resto? Fita de vídeo, fotografia, gravação... Não sei, mas às vezes mesmo olhando fotografias fica difícil de lembrar... Acho que esta recente passagem das gurias não será esquecida. Não quero esquecer, porque me fez ver quão maduras e diferentes nós estamos. Quantas experiências vividas. Quantas conquistas. Além do mais, estou registrando tudo aqui para que eu possa ler mais tarde e dar uma mãozinha para a memória. Não sou boba...
domingo, 27 de julho de 2008
domingo, 20 de julho de 2008
Experiências!!!
Hoje estou passando por uma experiência nova na minha vida profissional: editar a coluna de Polícia do DP. É incrível, que após 14 anos de jornal e 16 de profissão, eu nunca tinha me envolvido diretamente com esta editoria, que revela os lados mais sórdidos e também os mais frágeis do ser humano. Ontem à noite, na festa de aniversário do Ivan, no Lo de Lê, me queixava, brincando (quem me conhece sabe que sou podre de debochada) que na minha estréia na polícia, nada tinha acontecido. Hoje de manhã, no entanto, fui despertada por uma notícia terrível de que um acidente, um choque entre um trem e um caminhão, vitimou um pai de 36 anos e seu filho, um menino de apenas 13 anos (a idade da minha filha mais velha). Cara, eu nunca imaginei que me sentiria tão mal. Não conheço essas pessoas que morreram, mas posso imaginar a alegria do filho de poder sair num domingo de manhã com o pai, numa aventura, de caminhão, pelas estrada. Não conheço detalhes da vida deles, mas uma profunda tristeza me bate pela fragilidade da vida humana. Num momento estamos aqui, felizes ou tristes, e em outro, como num piscar de olhos, não estamos mais. E pior, ainda, é imaginar que estas mortes vão virar manchete de jornal, estatística e depois serem esquecidas para sempre. A nossa profissão é de uma frieza mórbida, em alguns momentos. Conheci jornalistas policiais que comemoravam quando havia mortes para que tivessem notícia. É, não fui feita mesmo para a editoria de Polícia. Melhor é ficar com a minha editoria de Rural, com os "meus boizinhos e as lavouras de arroz" como mexem os meus colegas lá na redação. Foi bom falar, pois a partir de agora, estas notícias vão passar a fazer parte da minha vida, pois preciso acompanhar estes fatos, agora também para o Correio do Povo, ao qual ingressei em 3 de junho, sucedendo meu querido amigo Álvaro Guimarães, atualmente correspondente ZH. Beijos a todos. Espero que dêem sua opinião sobre o assunto.
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